(RAS)

Nem tudo que reluz é ouro. (Mas reluz!)

Textos

Nas trilhas da Luz.

“João 14 -6 Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.”

   Há pouco estava eu no início daquela estrada. Só mirava o horizonte. Às vezes eu me atrevia adivinhar o que havia além do encontro de onde eu estava, com o firmamento. Ora era um horizonte escuro, ora era dourado pelo magnífico sol, jamais o mesmo horizonte . 
   Num determinado ponto da estrada, eu comecei a entender que tudo o que ocorre fora de mim é o mesmo que ocorre no meu interior, tudo se movimenta, tudo se transforma, tudo pulsa e carecemos dos mesmos princípios vitais. A inteligência nos difere das outras espécies, mas nos submetemos às mesmas normas e nossas súplicas convergem.
   Mais para o final da jornada, eu comecei a entender que carregamos em nós céus e infernos , que somos um campo de intermináveis batalhas e que somente o amor nos eleva aos nossos momentos de céu. 
   O inferno lida com os nossos instintos, esses mantém-nos vivos, porém trazem ainda sentimentos dementes, que vociferam e nos tornam o que somos: reles mortais.
   Depois passamos…
   No passamento não desvendamos o que há além do horizonte, pois em cada pedacinho da nossa estrada percorrido nós o vivíamos, era tão íntimo nosso! Horizontes que nos iludiam, mas nada mais eram que cada passo que dávamos, cada fração de tempo que vencíamos...
   O horizonte que não alcançamos é por pura incapacidade nossa ainda, eis que estamos em evolução e nos fortalecendo, portanto, a nos dignar da inabalável e suprema felicidade.
   Nosso passamento é a última fronteira, mas a peleja continua na Pátria Verdadeira, de onde, com um olhar mais espiritualizado positivamente, podemos perceber o quão infantis ainda somos, mesmo oriundos de tantas estradas! Basta nos revestirmos de matéria e retornamos, pelo justo esquecimento, aos primórdios de nova estrada, com os nossos horizontes chamados escolhas, nossas semeaduras, nossos faróis, nossos túneis, declives e estradas escorregadias, sempre a nos ensinar como vencer o próximo trecho.
   Muitas serão as viagens e muitos serão os entroncamentos, cruzamentos e bifurcações…
   Sigamos a Luz Verdadeira e sempre pronta a nos acolher, a Luz que nos inspira, a Luz que nos conforta e que, por fim, nos conduzirá à bem-aventurança, pois a Espíritos eternos, essa inapagável Luz, complacentemente, já nos elevou.
(RAS)
Enviado por (RAS) em 03/02/2018
Alterado em 02/10/2019


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