Dívidas.
Sinas indeléveis de revezes quase incríveis. Carregarei em mim o peso de um amor insano, Cicatrizes mentais de chagas imperceptíveis, Cravadas em mim as marcas dos desenganos. O remorso me será a infeliz tatuagem, Um autoflagelo de propósito nenhum. A tristeza presente na minha bagagem, Viagens sempre feitas a lugar algum. Erros meus, erros meus! Causam infelicidades, Trazem indignidades, Afastando-me de Deus. Erros meus, erros meus ! São sementes que eu planto Em canteiros que meu pranto Regam todos os frutos teus. Ah, esses erros a miúde e marcantes ! Todos julgam e me acusa a consciência, Esses erros de loucuras resultantes, E de clausura suavizada na demência. Os erros somem nos enterros, Mas erro ao pó não retorna, Homiziado na paz de um cerro, Vil parasita da alma se torna. Assim ele é parte da vida, Parte da aventura humana. O erro só inflama a ferida, Se trai ou a outrem engana. Erros meus, erros meus! Sejam tão somente meus, Erros meus, Os inevitáveis efeitos teus, Erros meus! (RAS)
Enviado por (RAS) em 04/01/2018
Alterado em 25/09/2020 |