(RAS)

Nem tudo que reluz é ouro. (Mas reluz!)

Textos


 

A parca razão: jazigo precoce.

Se for para teres razão, para que arrancar

uma flor e oferecê-la ao teu amor?
Se for para teres razão, para que dar ao

teu filho o que não tiveste?
Se for para teres razão, para que sonhar

com os finais felizes?
Se for para teres razão, para que escalar

uma montanha?
Se for para teres razão, para que ter e

seguir os teus desejos?
Se for para teres razão, para que largar o

teu berço?
Se for para teres razão, como embrenhar

e embriagar-se na felicidade?
Se for para teres razão, para que as

paixões, os carnavais?
Se for para teres razão, para que então

perdoar?
Se for para teres razão, para que acreditar

num Deus que não vês?
Se for só para teres razão, amado irmão,

nem acorde.

(RAS)
Enviado por (RAS) em 08/11/2017
Alterado em 01/04/2022


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras