(RAS)

Nem tudo que reluz é ouro. (Mas reluz!)

Textos

Sobre o aprendizado.

“Nas sofridas experiências das derrotas é que anulamos as vulnerabilidades e, enfim, nos estruturamos, estrategicamente, para as incessantes buscas da vitória.”

    A vida é uma estrada que nós mesmos construímos e nela vagamos, entre erros e acertos. Pelo projeto e pelo Arquiteto,  sabe-se tratar-se de uma jornada eterna, cheia de descaminhos e desencantos, mas, sem deixar de ser extasiante, um estranho e lúdico aprendizado. Não podemos parar e, enquanto caminhamos, criamos os nossos infernos ou os nossos céus. O que se deve evitar é que sejamos o  inferno dos outros. 
     Na vida há engodos que nos levam às redes e teias e nelas nos debatemos ao extremo, às vezes escapamos, noutras somos imolados nos gélidos mármores do Mal.
     É tudo como um jogo, onde na derrota, identificamos  as nossas fraquezas e nos preparamos para os próximos embates, mas, somos nós quem jogamos e o melhor é pedir ajuda a Deus, sem no entanto, pensar que Ele jogará por nós, na verdade, Ele coloca as melhores cartas em nossas mãos, isso é o livre arbítrio, portanto, jamais devemos esquecer disso, pois nos faltam fundamentos, para culpá-Lo por nossos prováveis infortúnios. 
     O horizonte, outro engodo, por mais que andemos, enquanto matéria, sequer iremos alcançá-lo, muito menos ultrapassá-lo. É o horizonte, o suposto encontro da Terra com o firmamento, que na tentativa de galgá-lo, o homem se perde, se cansa e tardiamente, descobre que foram apenas sereias a cantar, a encantar e a nos enganar. Assim também funcionam os nossos sentimentos, quando os submetemos aos nossos instintos, o maior e mais eficiente dos engodos, tutor das ilusões, mas, tamanha voracidade, os ignora. Nossos instintos são realmente ao extremo insensato, ou nos salvam, ou nos conduzem, ilusoriamente, aos visgos, aos arpões ou às arapucas.
     Então, não se pode sonhar? Claro que sim, afinal somos o jogo e todas as suas regras, no entanto, os sonhos sempre serão as cartas em que apostaremos tudo, sem contudo, sermos ainda capazes de saber quais os trunfos ou blefes nas mãos das enigmáticas sinas...
(RAS)
Enviado por (RAS) em 06/11/2017
Alterado em 14/08/2019


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