À benção, pai!
Quantas saudades tenho das tuas estórias!
Quando eu, ao grave tom de tua voz, dormia,
Momentos presos juntos às minhas memórias
E que se soltam ao lembrar de ti, dos belos dias.
A saudade traz um pouco do teu cheiro,
Dos trejeitos e teus modos de expressar
E, de repente, o tempo se faz mensageiro
Dessa saudade que, de tanta, faz chorar.
O tempo passa mas não leva essa saudade,
Pelo contrário, ela não para de aumentar,
Pois foi de ti que eu herdei simplicidade,
E a coragem para a vida enfrentar.
Como eu queria receber a benção tua
E novamente a tua mão poder beijar,
A tua ausência tornou a vida nua e crua,
Mas, certamente, um dia juntos vamos estar.
Eu te recordo na beleza das canções
E normalmente, após uns copos de cerveja,
Mas eu também de ti recordo em orações,
Quando daqui eu peço a Deus que te proteja.
Hoje saudoso comemoro o teu dia,
A ti querido eu ofereço esses meus versos,
Que eles te encontrem radiante e em harmonia,
Na mansidão do Excelso Pai do Universo.