(RAS)

Nem tudo que reluz é ouro. (Mas reluz!)

Textos

 

Em um Eterno Noturno.

O vento varre a folha seca,
O vazio a lua cheia clareia,
Uivos tangem a quietude
E o espírito inquieto vagueia.

Expostas as flores balançam,
Vidas noturnas se assanham,
Bichos famintos despertam
E os ébrios da vida apanham.

Sombras refletem na rua,
O firmamento puro show,
O mar se agita com a lua,
Submissa a maré marejou .

As noites cheiram à gardênia
E as bocas baratos buquês,  
Emergem nas almas boêmias,
As dores que o mundo não vê.

A aurora escancara os efeitos,
Que a vida noturna produz,
O Espírito volta ao seu leito
E a alma revê sua cruz.

As noites guardam em seus mistérios,
Costumes que as almas depuram,
As noites abrigam impropérios,
Que as chagas das almas não curam.

(RAS)
Enviado por (RAS) em 12/01/2017
Alterado em 30/01/2022


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras