(RAS)

Nem tudo que reluz é ouro. (Mas reluz!)

Textos

Memórias de um natimorto amor.

O céu impotente se turva, no descolorir de um sonho
E a covardia se curva, ante conceitos medonhos!

E o que se viu sagrado, hoje se vê profano,
Tão largamente jurado! Só que por baixo dos panos.

Muitas vezes por ser absorto, negligente com o “indescuidável”’,
Faz-se o amor nado-morto, fim precoce, incontestável!

Como matam-se os amores? Na verdade, amor não há,
Apenas purgam-se as dores, até o amor matar.

Há que se ter coragem, para em frente levar,
Na sua mundana bagagem, o sacro direito de amar.

Assim prospera a mortandade, do mais nobre sentimentos 
E com ele jaz a felicidade, suscitando o sofrimento .

Amor que jamais existiu, facilmente derrotado,
Mantido em discurso vil, de um eterno lado a lado.

Pseudo, natimorto amor, tão sem graça brincadeira!
À tiracolo o dissabor, da covardia derradeira.

Não resiste com discursos, alicerça-se no agir,
As palavras no seu curso, só tem dom de iludir!
 
Por um amor não assumido, hoje curte-se um trauma,
O amor pra ser vivido, ex-amor,
Tem que ser de corpo e alma.

(RAS)
Enviado por (RAS) em 29/09/2016
Alterado em 14/09/2023


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