A intrigante natureza de Cronos.
Cadê o sol amigo que alegrava os meus dias?
O sol da vida que em mim resplandecia?
O sol brilhante que dourava os meus sonhos?
Cadê o imenso astro que tornava o céu risonho?
O sol ardente que esquentava a minha alma?
E tão cioso que espargia em mim a calma ?
Onde está a tocha etérea que ilumina o firmamento?
O ente que inflava os ousados sentimentos?
A maior estrela a ostentar quinta grandeza?
O astro-rei de raríssima beleza?
Onde está aquele orbe que é centro do universo?
Aquele amor que foi o sol desses meus versos?
- Onde estás?
- O tempo apagou...
- Como?
- Ah, esse tal Tempo é bem mais rei... só não engole a si mesmo...
Entitulam-lhe Cronos, o eterno e implacável devastador! O insensível Cronos...