Única.
Vem sorver de novo o que transborda
Em minh’alma,
Trazer de novo, no que queima,
A minha calma
E me fazer sorrir em cada amanhecer.
Vem secar os prantos que ainda regam
A tua ausência,
Sarar as dores que me levam
À demência
E, por instantes, saciar-me de você.
Vem e me devolva a paz que eu tinha
Do seu lado,
Fazer de novo eu sentir-me
Tão amado!
E junto a mim, para sempre,
Vem viver.
Vem, amor, de novo dar razão
À minha vida,
Reviver as horas, por descuidos preteridas
E reviver, enfim, o nosso intenso amor.
Vem! Você faz da minha vida
Um lindo sonho,
Inspiração dos singelos versos
Que componho.
Pelo qual, luto qual Quixote, até a morte...
Um incurável sonhador...
És enfim, no meu jardim,
Todas as cores que há em mim,
O raríssimo exemplar, da única e mais bela flor.