Amor de verdade.
O amor verdadeiro não morre, apenas adormece...
Se entorpece nos recônditos da lembrança, às vezes por incontáveis existências...
E fumegando fica como uma brasa eterna, até que os sopros da saudade emergem as ígneas vontades, os profundos desejos...
O verdadeiro amor não se mata, hiberna-se pelas eras...
E quando desperta, o faz faminto demais!
O verdadeiro amor não se nega, dele não se foge e nem se finge.
O amor verdadeiro não se abate, ante as tormentas.
Diligentemente, eleva-se às searas oníricas, onde se faz sem culpas, onde se deita nas plumas da liberdade, onde soma-se a ele a felicidade.
O verdadeiro amor é sonho que se sonha acordado, um transe...
Na esfera sonial, amor, e na terrena, a mais pura loucura: madeiro pesado, carga de loucos... comum nos poetas, boêmios e doutos.
Eis o sentimento mais nobre: Ágape, Filia, Eros,
O tempero que requer a vida.
Se não há amor, inúteis os dispêndios, se não há amor, inócuas até mesmo as virtudes, se não há amor, infrutíferos os conhecimentos, se não há amor, não há na vida sentido e não havendo amor... não há combustível que nos alce às raias da cobiçada angelitude!
Não havendo amor... baldearás nesse interim evolutivo, até por fim encontrá-lo e nele viver... e nele, qual criança, freneticamente se esbaldar, e ser envolvido pela candura donde ele, inefavelmente, brota... e jorra... e inunda...