As eternas possibilidades.
Rufam-se os tambores do ocaso, Aproxima-se a sorrateira noite. Baionetas, punhais e adagas São afiados pelos meus temores, Minhas perdas... Horrores! Faz-se a noite e os medos vagueiam Na taciturna lua nova... O véu negro da noite envolve o luar E o desespero do assustado espectador. E as noites são longas e frias, Do tamanho da perda, Do tamanho do inconformismo, Na medida exata do vazio... Então, beligerantes pensamentos desarmam-me, Humilham-me, Expõem-me, fazendo-me implorar piedade, Pedir perdão por nada, Fazem-me acovardar em prantos inócuos... Rufam-se os tambores Que nada mais são que meu coração disparando... Quando, noite, afinal irei vencer-te? E nessas batalhas inglórias, mas necessárias ao aprendizado, São-me amigas a insônia e a demência. E qual fera acuada restam-me ainda virtudes. Genuflexo, oro... E armado de preces sobrevivo e evoluo, Para um dia conhecer o sabor da definitiva Vitória, O recomeço no eterno hausto de Deus. Assim seja!! (RAS)
Enviado por (RAS) em 09/04/2015
Alterado em 10/04/2015 |