Desalmar.
Um arremedo de amor, Um tiro de festim, Só é verdadeira a dor O que esse "amor" causou em mim. Quanta dose de ilusão Imprudente degustei E bebi toda a razão E ao relento me joguei. Era falso o brilhante Que em ti imaginei, Era vidro o diamante Que de longe avistei. Tudo foi tão fascinante A revelar tanto fulgor, Hoje tudo é humilhante No limiar do desamor. E faltou dignidade Lastimoso foi o fim, Até ali faltou verdade, Você ali morreu pra mim. É preciso perdoar E amolecer meu coração Ir buscar outro brilhante Que não seja enganação. Um vazio contundente Escravizou-me o pensamento E hoje vivo tristemente, Com meus versos de lamento. Adeus amiga, adeus encanto Razão de tanto desprazer, Que secou até meu pranto, Por instante eu quis morrer. Não sei mais o que é amor Na verdade estou perdido O que vivo é um terror, Eis que até de mim duvido. Você foi a linda flor Nesse meu jardim apático E descobri com muita dor Essa flor era de plástico. (RAS)
Enviado por (RAS) em 02/03/2015
Alterado em 02/03/2015 |