Sob os véus da poeira.
Ainda ardem as belíssimas lembranças:
O céu azul, estradas de chão, poeira, sol.
Tantos sonhos sendo expressos, tão bucolicamente!
Tudo tão simples!
Uma imensa alegria regia as palavras, os olhares...
Pueris passeios fazíamos para dentro de nós mesmos
E no final, nossos quereres eram renovados em anseios.
Ainda ardem aqueles beijos, há tanto não mais dados...
Ainda fervilham os desejos...
Seu calor, sofregamente, ainda arde...
Ainda sinto os aromas, as fragrâncias, proveniente da efervescência de tanta sentimentalidade,
Cravada no abraço apaixonante.
Tudo, tudo ainda arde...
E agora, sem você para acalmar-me,
Sem o seu milagroso hausto de amor.
Tudo arde muito mais sem ter você.
Precisamos, urgentemente, de outros passeios,
Com afogos em ofegantes afagos, que só faziam abreviar o tempo... Lembra?