Perigosa!
Tão devassa no teu jeito de despir, Tem desgraça no teu jeito de olhar, Tem fumaça no teu jeito de agir, Que se embaraça com quem vais deitar. E nas praças vais vender o teu amor, Mas tão sem graça, voltas para o quarto teu, Deste pra massa que o teu cio sustentou, E na manguaça, na trapaça, se perdeu. E na raça vais fingindo ter prazer, Uva-passa na salada natural, Faz pirraça, desce as calças por lazer, E se faz caça ao frenesi do carnaval. Se te abraça um descuidado camafeu E entrelaça as pernas dele com as tuas E se engraça a roncar como Morfeu Com as traças vai parar no olho da rua. Se me laças, nem de graça quero tê-la, De arruaça já me basta a ingratidão, Na tua taça de aguardente eu vou bebê-la, Pois és cachaça com o nome de ilusão. (RAS)
Enviado por (RAS) em 27/02/2015
Alterado em 30/03/2020 |