Perfídia.
Cômodo demais pensar no teu adiantamento e ignorar a existência do outro.
Simples é calar-se, esconder-se e deixar para o outro o amargo peso da culpa...
Tão fácil acovardar-se e na comodidade do homízio, negar a devida explicação.
Difícil deve ser encarar as consequências das ardilezas, dos belefes desnecessários.
Difícil deve ser conseguir abrir um sorriso, depois de se causar tantas tristezas...
Difícil deve ser ainda encontrar-se são.
Mas há almas resilientes,
Qual camaleões ao ambiente,
Qual meretrizes às fantasias,
Quais bobos das cortes aos novos reis.
Aos descartados restam a imensa estrada onde revezam-se poeiras e vazios...
O certo é que não faltarão caronas, mas é, por ora, absurdo o medo delas.