(RAS)

Nem tudo que reluz é ouro. (Mas reluz!)

Textos

A resiliência da ética.

São os valores e a moral acompanhando o novos tempos?
Creio que isso tratar-se-ia de evolução.
Na verdade o que denomino ética resiliente é uma perniciosa atitude, um dos males da atualidade. Nada mais é que a capacidade de seres triviais adotarem e facilmente se adaptarem a qualquer diretriz, conceito ou filosofia.
São peças de um jogo a mercê de uma pseuda, mas vigente inteligência, que recebe sorrisos e total submissão, é impressionante a forma ágil e eficiente com que tal fenômeno ocorre. O que passou, passou. " Rei morto, rei posto." E todos os valores adquiridos sucumbem ao novo fidalgo. E aí subtendido está a beleza de nossa lingua pátria, que felizmente distingue os verbos "ser" e "estar". Quem está prevalece, é o melhor, sempre, levianamente, o melhor é quem está.
São seres manuseáveis pela total falta de personalidade, seus valores são negociáveis, até mesmo os éticos.
E assim, dão origem à gerações robóticas, vazias, sempre no aguardo do próximo dono.
Figurativamente, são vaquinhas de presépios, mecanicamente balançando a cabeça, em eterna concordância, e não se sabe com o quê, mas afinal, são vaquinhas...
Assim "caminham" os valores e a moral, resilientes demais...
São instintos incontroláveis em busca de sobrevivência e preservação da espécie e que infeliz espécime...
Flagrantes são a falta de convicção, de opinião própria, a oposição ao execrável "status quo", flagrante é o oportuno e antinociceptivo (indolor) conformismo.
Assim rege o "eu", já não é mais o homem vassalo das normas e sim do próprio homem, pois tristemente constata-se que no primeiro choque, no primeiro golpe tudo abre-se, até as pernas...
(RAS)
Enviado por (RAS) em 23/02/2015
Alterado em 26/02/2015


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