Encantos de vitrais.
Agora recolham-se os cacos,
Antes que nos firam também os pés...
Agora faz-se o recomeço, na frigidez do fim...
Reboco dos vazios.
Agora chora-se a taça que de tanto e tudo transbordou,
Nos, até então, delicados brindes.
Taças de puros cristais...
Bastou uma aposta...
E a fráfil taça nem trincou... Espatifou-se!
Quem não viu, perceberá,
Nos fragmentos invarríveis, a refletir em sete mil cores, os momentos que ainda espumam...
Agora recolhem-se os cacos...
Mais parecem, no chão, reprisarem o novo caos, de tanto e de tudo o que existiu!
E vem a lucidez...
E ouve-se risos, murmuros, tilintares e juras...
Tantos momentos por cálidos e sôfregos lábios forjados,
Do oscular infindo nos calorosos instantes dos abraços...
Agora recolhem-se os cacos,
Que mesmo reciclados, recompostos, colados,
Jamais terão o mesmo encanto daquela taça que, impiedosamente, por tão pouco foi quebrado.