De repente o fim.
De repente a dor imensa... Turvam-se os olhos, Tudo morre ao derrredor. Somente nasce um imensurável ódio que vagueia sem atritos pelo vazio que de repente se fez. Onde tudo era poesia, vige agora o desamor doentio, Tão repentino, inexplicável... Absurdo! De repente não há respostas. E mais uma vez, vazios intrigantes, medonhos... Aclopada à irracional revolta, vem a inevitável culpa... Motiva-se a insônia ... E ânsias horríveis intercalam-se com acessos de incontroláveis soluços e prantos. Fazer o quê? Tudo tão vergonhoso, inarrável, inconfessável. Tudo a ser amargado por mim, somente por mim. Onde está meu chão? As noites são-me umbrais... Intermináveis... Intransponíveis... De repente o inconformado coração quer pela boca sair e se auto-exterminar. Experiente retorna ferido...Triste, muito triste... Frustado... Ele que tanto se deu... Que à tanta ilusão se entregou! Então, recolhe-se às indagações sem fim, enquanto calado e sozinho sofre o rescaldo de suas imbecis escolhas. De repente o avesso, A nudez humilhante, A crueza e amargor insuportáveis. De repente tanto tempo desperdiçado... Porquê? Tantas esperanças e sonhos tolhidos, decepados em apenas um imprevisto, egoístico e covarde golpe. De repente onde estão a gratidão, o respeito, a consideração? Tudo são portais incontestáveis de acesso ao ódio, ao desprezo que se levados em conta, literalmente, fritam o já mal-passado, salgado, arrasado e atônito coração. "Rei morto, rei posto!" Tudo seguirá normal o seu curso e há quem, levianamente, ainda é capaz de negar o fatídico dito. Eterno, e às vezes que ainda tardio, é o aprendizado... Outros blefes virão. Por enquanto, "Game over."!!!!! (RAS)
Enviado por (RAS) em 19/02/2015
Alterado em 19/02/2015 |