Amor em dois mundos. O amor não subsiste sem a paixão, mas normalmente há paixões sem amor. A paixão é parasita, qual rêmora atrelada ao sublime e navegante amor. Traz consigo alguns péssimos sentimentos, ciúmes, ódio e outros subalternos, mas necessários nessa espécie de jogo que é a vida. Cada peça tem o seu valor, movimentos diferentes e importância. São ferramentas de lapidação e burilamento do ser. Eles definem personalidades e estágios evolutivos de espíritos, conforme suas vibrações e fomento. Quem realmente ama tem o coração perspicaz, desconfia, cuida, se importa. Quem realmente ama traz consigo fatias de paixão suficientes para sua prevalência, sua constância. São vigilantes os olhos e até por esse amor morre-se. Amor sem paixão mais se assemelha a uma amizade pura e verdadeira e paixão sem amor é animalesco, intenso, mas fugaz. Amor! Sublime amor! Ainda trocado por paixões arrasadoras, cegantes e inconsequentes..., Assim evolui a humanidade no esfriar e aquecer de sentimentos vários, vulneráveis e por demais manuseáveis. A paixão é guardiã de turnos... De atalaia, protege e perpetua o amor. Traz consigo a égide e a lança. Unta o pavio do lampião. Só se é lampião quando aceso... A chama se faz no óleo e ígneo é o coração. Sem luz,coração, para quê lampião? O amor cessa... Paixão sem amor não resiste ao tempo, destrói o lampião. Amar com incidências de paixões mantem a chama que ilumina e aquece. Apenas há que se dosar o óleo às fronteiras do necessário. Um amor sem paixão na Terra cospe-se, no Céu louva-se. (RAS)
Enviado por (RAS) em 03/11/2014
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