Qualificação.
Gerenciar, às vezes, é entender que é melhor estar maltrapilho do que permanecer nu. Ordens são fáceis de serem emitidas, difícil mesmo é a sua administração. Há que se diminuir as possibilidades dos impactos e consequências negativas, com um planejamento dotado ao máximo de informações que coloque o emissor da ordem dentro de uma realidade e assim ele possa transcrever seu conceito de execução, a sua vontade tácita, a sua estratégia, para a consecução do objetivo vislumbrado. Hoje são imprescindíveis as informações, não se chega a lugar algum sem elas, ninguém será efetivo na ignorância. Desinformado perde-se a capacidade de enxergar além do óbvio. Uma ordem, por exemplo, de “avançar”, de ir à frente com sua linha de produção, exige-se muita logística adequada à missão, treinamento dos talentos envolvidos, motivação e objetivo claro. O impossível consegue-se com simplicidade, cada qual executando com denodo e com amor o que lhe é confiado, por mais simples que se julgue sua missão, ela é parte de um todo, sem ela a engrenagem não funciona. Pode-se ser a rolimã ou as esferas de chumbo que a compõem, tudo, tudo é essencial ao sistema para funcionar a contento. A um gerente, comandante ou diretor não basta querer mandar, eis que são inconsequentes que se aventuram a fazê-lo. Ordem sem planejamento está fadada ao fracasso, prenúncio de derrota. Há informações essenciais para um planejamento consistente e eficaz, para tanto há que se responder aos seguintes quesitos: Por quê? Justificar o motivo da empreitada, ordem ou missão de todo o esforço e logística neles investidos. Explicar sua importância para que os executores se identifiquem e acreditem no que irão se empenhar e mostrar-lhes os benefícios em caso de sucesso; Quando? Verificar agendamento, se não outras prioridades, o clima, se a noite ou dia, o prazo a ser realizado; Onde? As características do local onde será realizada a execução dos trabalhos, quais as condições climáticas, se o local oferece condições para suprir as necessidades básicas dos executores, local de armazenamento e proteção de objetos a serem utilizados; Como? Nessa resposta estará a vontade tácita do comandante. Orientar a melhor forma de execução e prazo. Horário de início e término das atividades, ou seja, como o diretor, comandante ou chefe deseja que a missão seja cumprida. Nesse momento é necessário que se pense em todas as variáveis que possam impactar negativamente na execução, são obstáculos que em toda missão serão encontrados, mas podem ser evitados ou pelo menos minimizados. Seriam essas variáveis: o tempo, em termos de duração, as condições climáticas, o terreno (teatro de operações) e suas particularidades (relevo, vegetação, tipo de solo, etc). Deve ser previsto como se chegará ao local (a pé, ônibus, carro, avião, navio), o momento oportuno para início dos trabalhos. Por fim, não é fácil emitir uma ordem ou determinar uma missão. Geralmente o simplismo é para os incautos e, principalmente para aqueles que não sofrerão as consequências de uma derrota. Diz o velho ditado: “ O Comandante tem que enxergar atrás do morro.” , ter visão espacial e não localizada, tem que estar, acima de tudo, capacitado e preparado para dar uma ordem e ser capaz de assumir as consequências dela advindas. (RAS)
Enviado por (RAS) em 02/10/2014
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