“Anima photosynthesis.”

Os trilhos das almas expostas conduzem a túneis e túmulos,
Num paralelismo constante sobre um plano ainda em estado brutal
E a ausência da luz natural se faz presente,
Nos recônditos daquela miniatura de tártaro,
Onde do homem, somente os espíritos vagueiam e sobrevivem.
Passa-se por eles por opção... expiações... escolhas...
Tudo indubitavelmente necessário e natural.
As montanhas têm que ser perpassadas, assim como as escuras gares do destino têm que ser encaradas como ponto de partida sempre e como de parada nunca.
Oxidação da alma, império do frio, pingos de águas, lodos, fobias e seres glaciais.
Gritos horríveis de Hades associam-se ao desespero na cata de luz, fotossíntese metaforizada.
Se aladas fossem as almas, de certo dos túneis se desviariam.
Pobres almas! Expor-se-iam ao insistente e escaldante sol.
Cegar-se-iam ante essa intensa luz e eis que ainda não é a definitiva Luz.
Queimar-se-iam as retinas e chamuscar-se-iam as asas.
Há muitos trilhos a serem vencidos... e túneis a serem vazados... e gares a serem deixadas...
Sombras e luz... Sombras e luz... Sombras e luz...
Trechos enormes onde erros e acertos se revezam a lapidarem a existência humana,
Caprichosamente a conduzindo aos seus infindos reinícios.
A Verdade há que ser dita em doses, a Verdade é Luz inefável e ainda certamente insuportável...
Os mistérios hão de ser fatiados e revelados em poções...
Nesses ínterins as almas evoluem e aos poucos se alam, para conquista de um longínquo além.
E a vida é cingida de trilhos e tingida de sombras e luzes... Sombras e luzes!
Na realidade, para o momento, as asas das almas ainda são, necessariamente, os bons sonhos dos homens,
O que lhes permitem a esperança de um dia suas parcas plumas e mentes suportarem o calor, a intensidade e a Verdade que irradiam do incandescente Espírito do Cristo Jesus!