Banzo!
A distância é tanta, mesmo que nem tanta... Agiganta-se o dia... os horizontes se distanciam... As madrugadas dobram, acordadas na solidão... Até os ponteiros engordam e emperram as horas... E as manhãs são ressacas infindas... E o céu e o sol se ofuscam... Minguam os sorrisos... as almas choram... Embaçam-se as cores... acinzenta-se a esperança... O pensamento não se diversifica... empaca... A saudade estala que nem mamona, No calor de tanta sentimentalidade... A arder mais que as contusas lambadas de chibatas... Dói! E dos gritos de dor da alma sufocados, brotam lágrimas, Incontidas... repugnantemente inócuas... Sem ecoarem, calam-se em incompreensíveis vazios... E a própria vida de intentos desapercebida, se esvai... E se alforria de tão absurda sina! (RAS)
Enviado por (RAS) em 24/12/2013
Alterado em 25/04/2020 |