Cânhamos anestésicos, paralisantes, Porropsia manifesta num retrovisor. Debilitantes acontecimentos denunciam O triunfar do indesejável desamor. Cicuta abreviadora de amores, Corpo estranho que emperra a engrenagem do motor. Informação de “bem ali” de um mineiro, Sobe morro, desce morro, só se chega de trator. E no fundo tudo, tudo é tão frustrante, Desestimulante que garante a alucinante dor. E por fim se chega a um fim tão entediante, Que não é enfim o fim Que o meu coração amante, Já agonizante, tanto desejou pra mim. E lá se vai meu coração ficando pequenino Adeus de menino, Pelo espelho mentiroso e fino Daquele tíbio e retrógrado retrovisor! Que na distância faz sumir tudo pra sempre, Exceto o intenso e imenso indestrutível amor.
(RAS)
Enviado por (RAS) em 08/09/2013
Alterado em 06/11/2021 |