(RAS)

Nem tudo que reluz é ouro. (Mas reluz!)

Textos

 



Proselitismo passional.

Cânhamos anestésicos, paralisantes,

Porropsia manifesta num retrovisor.

Debilitantes acontecimentos denunciam

O triunfar do indesejável desamor.

Cicuta abreviadora de amores,

Corpo estranho que emperra a engrenagem do motor.

Informação de “bem ali” de um mineiro,

Sobe morro, desce morro, só se chega de trator.

E no fundo tudo, tudo é tão frustrante,

Desestimulante que garante a alucinante dor.

E por fim se chega a um fim tão entediante,

Que não é enfim o fim

Que o meu coração amante,

Já agonizante, tanto desejou pra mim.

E lá se vai meu coração ficando pequenino

Adeus de menino,

Pelo espelho mentiroso e fino

Daquele tíbio e retrógrado retrovisor!

Que na distância faz sumir tudo pra sempre,

Exceto o intenso e imenso indestrutível amor.

 

 

 

(RAS)
Enviado por (RAS) em 08/09/2013
Alterado em 06/11/2021


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