Sublimidade.
Esse amor qual corda grossa de atracar navio, Que nem os ratos do tempo famintos corroem, Nem a ferrugem, lodos e fungos da salmoura água enfraquecem, Nem sucessivos tsunamis de impactos brutais arrebentam. Esse amor de amarras que atam e cuidam E que se entrega à rosa dos ventos, às tempestades, ao balançar das ondas, à fúria das ressacas e às cheias das marés... Esse amor titânico de intensidades abissais... Que desbrava os sete mares e desvenda seus mistérios. Esse amor anfíbio e exposto a tanto: ao céu, à Terra e ao mar... Esse amor sempre em busca de tesouros que elevam e de iguarias que temperam a felicidade, À mercê de Poseidon, monstros, noites ébanos e suas luas... Esse amor que flutua e se abranda aos sons das águas. Esse amor imenso que Zeus, escrupulosamente, não ousou alar... (RAS)
Enviado por (RAS) em 02/07/2013
Alterado em 13/04/2020 |