(RAS)

Nem tudo que reluz é ouro. (Mas reluz!)

Textos

A Nova Era!
     Insisto em crer que o mundo, esse indomável planeta azul e seus fenomenais constitutivos , não passa de um proscênio, construído num imenso e maravilhoso teatro, onde exibimos nossas performances sob direções especiais. O palco, os camarins e a ribalta são fixos, onde desfilam lenta e pacientemente as eras, mas os cenários são maleáveis e protagonistas de metamorfoses constantes, até mesmo por questões evolucionais: o necessário recomeçar, as novas oportunidades.  

     Esses cenários são por nós construídos com os objetos de nossas escolhas e por isso mesmo são falíveis, podem variar entre o feio e o bonito, mas por enquanto, certamente, falíveis...

     Assim, desse entendimento que julgo não ser apenas meu, e que estou a serviço para expressá-lo, tem por consequência conclusões sensatas e que não tem aqui a pretensão de serem definitivas, pois não sou capaz e nem sou autorizado a definir nada, sou sim, ajudado a encontrar e beber na fonte da sensatez.

     Aprendi, ainda dentro desse raciocínio, a evitar o uso das contundentes palavras “sempre” e “nunca”, assim como proferir juras impagáveis e, pelo que já foi expresso, todas elas o são.

     No início dessa exposição de pensamento o faço afirmando que vivemos de cenários, então, como considerar cegamente ou chamar alguém de amigo, se por uma promoção política ou social ou mesmo econômica, numa disputa passional, na batalha pela sobrevivência, há a imensa possibilidade de sermos por eles ignorados, alijados e até mesmo prejudicados? Pessimismo? Não. Creio que amigos, na acepção da palavra, nós temos em outros planos, outras dimensões. Nesse plano das imperfeições temos parceiros de cenários e atuações e os seus finais não tem que ser necessariamente felizes, pois há que se considerar as influenciáveis escolhas e o Livre Arbítrio. Podemos chamá-los de "amigos temporários", ou seja, nos são até a próxima página e sendo mais otimistas devemos estender até ao próximo capítulo.

- "A diferença está no fato de que nossa peça não está escrita, nós a escrevemos..."

     Uma Nova Era se anuncia e os seus cenários serão formados por puros sentimentos, haverá mais poesias e gentilezas, seremos dominados por inteligências emocionais, capazes de nos liderar pelo uso da empatia e haverá menos interesse na “coisificação”.

     Haverá uma revolução a buscar o nosso avesso, aquilo que está nos abismos de nosso interior, no nosso subconsciente, de forma bruta e pura. E os nossos avessos passarão a serem os modismos, o desamor, o mundano...

     Hoje somos facilmente flagrados à frente dos computadores ligados com várias abas abertas de sítios e aplicativos e o celular tocando, enquanto não sabemos se atendemos os conhecidos virtuais ou os que estão à nossa frente a clamar atenção. Saímos chamuscados da Revolução Industrial que escravizava o homem, para Revolução Tecnológica que quase nos torna zumbis ou robôs. Já não vivemos sem as possibilidades das tecnologias... Elas estão nos levando longe demais...

     Não seremos mais vítimas de intervenções traumáticas tal qual Sodoma e Gomorra, desta vez tudo ocorre dentro de nós mesmos. Não esperemos aparecer no firmamento os Sete Cavaleiros do Apocalipse com suas imponentes indumentárias, empinando seus amedrontadores corcéis, eles já estão, há muito, cavalgando lentos dentro de nós... Somos nós os responsáveis pelos nossos alfas e ômegas eternos, em busca da perfeição. Aí sim, sempre.

     Há de vir de nós mesmos a compreensão de nossas existências, a necessidade que temos uns dos outros. Há de chegar o dia em que emergirão de nossos avessos os sentimentos mais nobres e nossos cenários brilharão.

     Há de chegar o dia em que nos vestiremos de amor, nos armaremos de compaixão,  e ergueremos a caridade como bandeira e avançaremos,  evoluíremos, pois saíremos à cata de nossos maiores inimigos que somos nós mesmos e, creiam, nas incontestes vitórias, seremos sorrisos a dançar com a felicidade, teremos o olhar esverdeado de esperança, nossos muros e paredes serão caiados e pintados com a alva cor da paz.

     Há de chegar esse dia, há sim, podem acreditar!

     Há de chegar o dia em que se a ribalta negar sua ofelimidade, não fará a mínima diferença, já seremos Luz!  Pois Quem era necessário vir já veio e com a sublime missão de nos redimir e, por fim, nos legar a eterna possibilidade de infinitos recomeços.

     Que assim seja!!!

(RAS)
Enviado por (RAS) em 05/01/2013
Alterado em 05/01/2013


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