Relatividade. Meu imenso amor, A alegria que me proporcionas É inversamente proporcional ao que tua ausência me causa. Se meus olhos não a veem, choram, Meus sorrisos se intimidam, Meu coração é tomado de um enorme vazio doído e tristonho. O meu dia é encoberto de nimbos de melancolia Que tapa a jovialidade do sol, É como uma fotografia em preto e branco, envelhecida... Nesses momentos sinto minha alma vagar, Querendo inconsolada buscar a tua E, às vezes, ela tem que ir tão longe... Meu imenso amor, Deram-nos um ínfimo espaço de tempo, Comparado ao que nos permitem estar juntos. Se eternizamos nossos instantes ante a tanta entrega, A sós, o fazemos com o subsequente Que se agarra à imensa e robusta saudade. De quantas forças contrárias não são alvos as areias e os ponteiros do tempo... O desejo e a saudade em pueris atitudes medem forças, ora acelerando, ora retardando o tempo, Marcando nossos corpos de senilidades vãs. Tudo, quando não tem que ser, é tão breve...! (RAS)
Enviado por (RAS) em 24/10/2012
Alterado em 28/10/2012 |