As duas asas que tens. O amor é por Fênix alado, A paixão Ícaro alou, O amor a reviver é fadado, A paixão, se derrete – Acabou! O amor liberta, esbanja mansidão, Faz-se presente nos certames florais, A paixão escraviza, traz a escuridão Sepulcro indelével, carnífice da paz. O amor alia-se à razão, A paixão tudo atropela. Amor é pura compreensão, A paixão, o contrário, verbera. Na paixão o ciúme especula, No amor dizem que ele não cabe, Tudo é questão de ler bula, Só um pouquinho, quem sabe? A dose certa é cura, Já o excesso envenena, Muito ciúme é agrura, Ciúme nenhum, aliena. Evite as asas de cera, Prefira as de sensatez, Nada dura a vida inteira, Tudo tem hora e vez. Desvia-te das amarguras, Busque o voo de paz, Pouse e colha doçuras, No sofrimento jamais. Não desperdiçai as juras Tudo é delével, fugaz. Não te cause clausuras, A vida já é curta demais, E para torná-la ternura Somente o amor é capaz. (RAS)
Enviado por (RAS) em 22/06/2012
Alterado em 07/09/2021 |