Inefável! Não intenciono convencê-la pela beleza das palavras, Mas pela intensidade deste meu súbito afeto, Mesmo porque ainda inexiste um eficiente meio de expressá-lo. Nem os fogos de artifícios, Nem o troar dos trovões, Alto falantes de comícios Ou estribilhos de canções, Nem os sinos das igrejas Estrídulos a badalar, Nem as armas das pelejas, Em incessante sibilar. E nada é tão suficiente, Nem se expressa no repente, O que me obrigam a represar. O que sinto só se sente, Ou se lê, veladamente, A todo instante e eternamente, Em meu olhar, meu olhar, meu olhar... (RAS)
Enviado por (RAS) em 12/06/2012
Alterado em 04/09/2021 |