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  Mistérios... Então nossos corpos são invólucros quais papéis de balas que se dissolverá com o tempo, restando a essência, ou será desembrulhada por Quem quer sentir-nos a doçura. Dois derradeiros destinos em que permanece a essência. Do primeiro o tempo se encarrega, do segundo a fatalidade que nada mais é que o abrupto e precoce desencarnar. “Fomos criados à imagem e semelhança de Deus”. Isso me é intrigante, porém leva-me a raciocinar, raciocinando busco o conhecimento e o conhecimento me aproxima da verdade, no entanto tenho que me vigiar quanto à formação de minhas próprias verdades. Partindo da afirmativa dessa semelhança, quer dizer que Deus também tem um Corpo? Sim, esse invólucro é Jesus Cristo, que já existia desde sempre. Completa-se a Santíssima Trindade e seu mistério, o Espírito Santo de Deus. Nosso Deus uno e trino: O Espírito Santo, o Verbo encarnado que é Jesus Cristo e Deus? Será Deus uma Energia? Ou o outro estágio é habitado por corpos e espíritos. A pergunta ainda mais intrigante: O que era Jesus antes de encarnar, Energia ou Espírito? Vamos nos ater em esboçar uma resposta a essas perguntas, porém há que se entender que se Jesus Cristo antes de encarnar fosse um Espírito ou Energia, como poderíamos justificar a afirmativa que fomos criados à imagem e semelhança de Deus? Reconheço, tal qual Santo Agostinho, minha pequenez diante de tamanho mistério e seria também muita pretensão querer chegar onde esse iluminado homem, humildemente, admitiu não poder fazê-lo. Porém sentir-me-ia deveras frustrado, recolhendo-me ante tantas dúvidas. Posso até concluir que realmente trata-se de uma questão de fé, mas só posso fazê-lo após, talvez, um oportuno vasculhar, para tornar ou não sustentáveis essas questões. E assim, acima de tudo, acredito estar contribuindo para minha evolução, pois com certeza terei respostas. E mais uma vez tudo é considerado antes e depois de Cristo... Onde acampa a perfeição? Éramos perfeitos e nos imperfeiçoamos? E se Cristo encarnado é a reposta para a nossa imagem e semelhança com o nosso Criador, como explica-la com relação às gerações que o antecederam? Recorramos a um silogismo, na tentativa de esclarecer esse problema: “Temos um corpo e um espírito, Deus tem Corpo e Espírito (Trindade), Fui criado à imagem e semelhança de Deus, Logo sou Deus. Quando o homem foi criado, qual era a imagem de Deus? Então foi-nos enviado o Cristo, aí sim, com a nossa imagem, mas como explicar a semelhança? Essa questão conduz-me ao seguinte questionamento: Será que em sua etimologia o vocábulo “semelhante” quer dizer exatamente “igual”, “idêntico”, ou apenas “comparável”? No silogismo dê ao vocábulo “semelhança” o sentido de “comparável”, não te soa mais lógico? Ser comparável é diferente ser igual. Assim extinguiríamos o silogismo, pois seria falsa a conclusão. Sabemos que muitos seres humanos conseguiram viver plenamente nos ensinamentos de Cristo, mas eles suportariam toda sua provação? Há perfeição no mundo dos encarnados ou ela ocorrerá somente em outro estágio? Seriam essas respostas propositalmente subjetivas, realmente uma questão de fé, ou será que temos o direito de continuar com nossas indagações, sem estarmos ferindo algum princípio Cristão fundamental? Não havendo a possibilidade de um galope soberano, eu prefiro à loucura do mundo me entregar. Cala-me, cega-me, Senhor, se minhas indagações O ferem novamente. Amém! (RAS)
Enviado por (RAS) em 14/03/2012
Alterado em 28/07/2012 Comentários
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