Mórbida metáfora. De ti farei o meu palco E nele exibirei meus dons, Irei sutilmente descortinar-te E iluminar-te com a ribalta de meus desejos E fazer-te exuberante com os holofotes de minha paixão. Sondarei os teus cantos Sorverei teus encantos E desnudarei teu cenário em segredo Vadearei o teu perímetro Milímetro por milímetro com afã. Vou ornar-te com flores E tornar-te um templo Onde irei ajoelhar e declamar-te Djavan. E desarmar-te-ei com afagos A assanhar tua, já entregue, platéia. E os aplausos serão efusivos Tuas excitações fogos de artifício De susurros oclusivos e estrelinhas se dissipando E estalando num punhado de beijos agradecidos em mim... E aí curvar-me-ei para que me aplaudas e peças bis... E aí agradecerei o tempo amante... Pelas cenas emocionantes E pela direção tão feliz! (RAS)
Enviado por (RAS) em 10/01/2012
Alterado em 14/07/2012 |