CONSOLO. Sangra-me com suas investidas a vida, Fere-me a realidade, Mostrando-me o que sou E a castrar-me os sonhos e desejos. “Arriba! Arriba ombre!” Ah! Que batalha mais antiga... Em Gêneses ela já se travava: Frustração... Isto me ofusca os olhos, Lanço-me atrás de um vulto vermelho, Perdido, apenas pela intuição ataco, Busco com ira a sobrevivência E a vida fere-me com lâminas agudas... E enfraquece-me... E um público espectador delira: Bravo! Bravo! Perco-me ainda mais, Agito-me e choro a cada fracasso. Que arena! Que batalha! Seria justa...? Quem torce por mim? Um dia, num raro episódio, Abato meu desafeto... “Que tourada, ombre!” E a arena são rosas, aplausos, chapéus e vivas, vivas....! Naquele momento a única vida é a minha E, como prêmio para um bravo quadrúpede, Receberei a morte, para alimentar a vida. Olê!!! (RAS)
Enviado por (RAS) em 09/01/2012
Alterado em 05/03/2023 |