Paixão. Trafegas entre as eras, Em órbitas sinuosas, Em busca de Quimeras E vidas fabulosas. Verdugo da Paz, Contumaz traiçoeira, Instável, fugaz, Ardil, desordeira. Estavas em Tróia, Nos ossos de Inês. Cintilas nas jóias Que cegam os reis. Chacoalhas os ritos Da enfadonha rotina, Emerges em gritos Ave de rapina. Trazes consigo o dúbio sabor, Plumas bonitas sem brilho, sem cor. Amargas, adoças, libertas e prendes É cálida e frígida a lava que ascendes. És o Caos e a Loucura em ebulição, O Flagelo do Amor ou a sua amplidão. Vinho que o tempo transforma em vinagre Há quem te abomine, há quem te consagre. Há quem por ti morre Sem senso e razão Há quem de ti corre Demente Paixão! (RAS)
Enviado por (RAS) em 21/10/2011
Alterado em 04/07/2021 |