(RAS)

Nem tudo que reluz é ouro. (Mas reluz!)

Textos



Paixão.

Trafegas entre as eras,
Em órbitas sinuosas,
Em busca de Quimeras
E vidas fabulosas.

Verdugo da Paz,
Contumaz traiçoeira,
Instável, fugaz,
Ardil, desordeira.

Estavas em Tróia,
Nos ossos de Inês.
Cintilas nas jóias
Que cegam os reis.

Chacoalhas os ritos
Da enfadonha rotina,
Emerges em gritos
Ave de rapina.

Trazes consigo o dúbio sabor,
Plumas bonitas sem brilho, sem cor.
Amargas, adoças, libertas e prendes
É cálida e frígida a lava que ascendes.

És o Caos e a Loucura em ebulição,
O Flagelo do Amor ou a sua amplidão.
Vinho que o tempo transforma em vinagre
Há quem te abomine, há quem te consagre.

Há quem por ti morre
Sem senso e razão
Há quem de ti corre

Demente Paixão!

 
(RAS)
Enviado por (RAS) em 21/10/2011
Alterado em 04/07/2021


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