(RAS)

Nem tudo que reluz é ouro. (Mas reluz!)

Textos

O tempo da gente.

 

Antes,

Havia tanta possibilidade, a gente ficava à vontade,

E o mundo sorria para nós…

Antes,

Tristezas eram raridades, nos amávamos de verdade,

Vivíamos o agora, jamais o após. 

Antes, 

O amor era assim: tanto… tanto!

Parecia ser mesmo um encanto,

Nem demônio, nem santo, apenas intenso,

Um amor de chegar-se aos prantos, 

Se sós, éramos tristes pelos cantos,

E os dias nos eram doridos, imensos!

 

Agora, 

Vivemos de lembranças e saudades,

Do tempo de olhares, de amenidades,

Do tempo que, enfim, já se despediu.

Vivemos dos espectros da felicidade,

Mergulhamos nas nossas realidades,

Foi mesmo amor, o que entre nós existiu? 

Agora,

Estamos bem no meio de um nada,

Em noites longas de insônia… 

Do ocaso a alvorada, 

invadindo o inferno sem a menor cerimônia,

Pelo silêncio das madrugadas,

Sofrem sem qualquer parcimônia,

As nossas almas agitadas.

Agora,

Tudo, tudo nos ignora, agora, a tristeza se arvora,

O mundo perdeu suas cores…

Agora, um imenso vazio vigora, pelos curtos saltos das horas, 

Onde jazem os pseudos amores.

(RAS)
Enviado por (RAS) em 03/11/2022
Alterado em 05/11/2022


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