          |
 Estigmatizar.
Com tua boca esvaziaste o corpo meu E para o teu levaste até a minha alma E aos poucos me tornei um escravo teu, Em tanta dor o meu coração te acusa a calma Os teus beijos derrubaram meus valores E deixaram-me inerte, sem ter como reagir, Escravizado e à mercê dos teus favores, Até quando eu não sei, ser possível resistir. O teus lábios tornam tudo tão mundano, Por outro lado me inundam de prazer, De tão carnudos chegam às raias do profano E me levam de ciúmes, incendiado, padecer. Eu nem sei se eu agradeço ou esconjuro, Essa atração que de mim vem se adonar, Essa loucura que me remete aos apuros, De cegamente os teus lábios desejar. Nesse desejo eu construo os meus muros E no calor tua boca, mais e mais me aprisionar Não adianta dessa sina eu me arredar Teus lábios quentes, como teu, me tatuaram, Foi-me ferrete, para eu sempre me lembrar Em mim não há onde teus lábios não beijaram. Assim desejo a todo instante o teu encanto, Que me cura as dores, mas deixa cicatrizes Sinhá que seca as causas do meu pranto E me alforria com momentos tão felizes! (RAS)
Enviado por (RAS) em 14/08/2017
Alterado em 14/08/2017 Comentários
|
Site do Escritor criado por
Recanto das Letras