(RAS)

Nem tudo que reluz é ouro. (Mas reluz!)

Textos


 

Tempo, tempo, tempo...

E o tempo escorre apertado, entre as frestas da vida
E corre, mesmo perdido, em detrimento da revel sensatez.
E, invariavelmente, deságua em sepulcral vazio.
Já distante da nascente arrasta lembranças e experiências.
Há o tempo de nascer, de crescer e de morrer,
Que só se justifica na crença de um renascer...
O tempo não para... 
Escoa nas eras...
Vai-se entender o tempo... ele transborda no vazio,
Inunda o mundo de instantes!
O que mata o tempo é o próprio tempo,
Na busca do próximo instante, sepulta-se o anterior.
Genitor das ferrugens e lodos, dos apodreceres, 
Senhor implacável das rugas e mentes senis,
Fidelíssimo servo das parcas,
Impiedoso verdugo dos que cochilam,
Avesso à desídia e à inércia.
Todo tempo é tempo de seguir o tempo:
O tempo todo!
O tempo tem que ser provocado,
Desafiante escandaloso dos desejos.
Ele é como o corredor cego, apenas corre
E há que ser guiado.
E chega-se a um tempo, que o tempo se ala...
Entao passa, o tempo, a não dar mais tempo ao tempo.
Será então, nesse tempo, o profetizado final dos tempos!

(RAS)
Enviado por (RAS) em 22/12/2016
Alterado em 25/01/2022


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