(RAS)

Nem tudo que reluz é ouro. (Mas reluz!)

Textos

Por trás das adagas, onde uivam os lobos...


    Você não viu e nem verá, numa avenida do Brasil, desfile de anões, essa sim, minoria tão discriminada, emprego só em circos e motivo de chacotas, assim como não veremos a exposição nessa espécie de evento dos deficientes físicos, desrespeitados até nos seus direitos básicos. Nunca vi a marcha dos idosos, que depois de tantos anos trabalhando, quando aposentam são só problemas, outrora chamados até de vagabundos. Marcha apenas dos índios, colocados como um subcidadão, sub-raça, eternamente dependente dos brancos.
Nenhuma ONG nesses casos milita…
    Vemos um país que emprega 70% do recurso  no ensino superior e, no fundamental -no qual o próprio nome, “fundamental”, já diz tudo - apenas 30%.
    A resposta para tudo isso é que o Brasil, na visão dos políticos, é dividido, politicamente, no que dá voto e no que não dá voto.
   Vamos imaginar os hospitais com milhões de internados de forma permanente, nesse caso os hospitais teriam as frequentes visitas e atenção dos políticos, mas esqueci um detalhe, desde que todos fossem eleitores, se fossem os internados menores de 16 anos, dane-se, a visita nesse caso, dos nobres políticos, seria às vésperas das eleições, para angariar, emocionalmente, os votos dos pais, por isso não há investimento na saúde, ali, a imensa massa é transitória, ou morre, ou recebe alta, não é o curral eleitoral ideal. Assim acontece com o ensino superior e fundamental, o primeiro, além da doutrinação, são maiores de 16 anos, o segundo ignora-se, afinal, eles só serão eleitores mais tarde e a maioria,ainda, submetida aos domínios e valores familiares, transitória tal qual os enfermos e, assim “deve ser mantida” (lembrando palavras famosas),  assim, podemos criar o sistema das cotas (mais votos garantidos).
    Aí você acredita que o Bolsa Família é para ajudar o miserável, até ajuda sim, mas a sorrateira intenção é no que eles irão depositar nas urnas. Ainda nesse diapasão, a Bolsa Presidiários, uma soma a que muitos trabalhadores não têm acesso, aliás não têm acesso nem ao que realmente o dignifica, que é o trabalho, mas, já pararam para pensar que não há preso menor de idade e se soltos também serão votos certos, incluindo os da sua prole que geralmente são inúmeros? E baixar a maioridade para fins de direito ao voto e não para fins penais, compreende que um elimina o outro? O condenado perde os direitos políticos,  ou seja, milhares de votos desperdiçados, uma “varada nágua”. Temos uma geração de adolescentes fragilizada, com pouquíssimas perspectivas de emprego, futuro incerto e muita competição, cobrança e, portanto, muito facilmente manipulada, pelo contexto político, ético e moral em que está sendo, sordidamente, inserida. Você está acompanhando o raciocínio? Agora você já consegue me responder se acredita mesmo na decantada defesa das minorias? Ou já consegue fazer as “continhas de mais”, em que a soma das minorias é igual à maioria nas urnas?
    Enfim, o Brasil chegou a um ponto em que um ataque à faca pode significar, caso a vítima vir a óbito, seus votos serem  disputados como carniça e direcionados a quem melhor souber lidar com emoções e comoções (os carcarás de plantão) e se a vítima ao sobreviver, ainda mais votos recebe. Porém, pasmem, o pretenso fim da tragédia. claramente, não era o aqui descrito, fosse o agressor linchado, teriam os votos outro direcionamento. Perceba que vidas humanas são torres, reis e peões em estratégias dantescas, num jogo de luta pelo poder, por vingança e voto… muitos votos...
    Começam com as adagas e descobrem as suas ineficiências, daqui a pouco será o seu filho de preto e envolto de bombas pela cintura… Dramático? Teoria da conspiração? Quisera….
    Entenda de uma vez por todas, o seu voto pode ser pior que uma facada no coração de milhões de brasileiros, seja consciente e resista à imbecilidade de se tornar mais um descartável e controlado “lobo solitário”, que ao final, vivo é mais caro e perigoso que morto…
Ronaldo Aparecido Silva.

 
(RAS)
Enviado por (RAS) em 14/09/2018


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