(RAS)

Nem tudo que reluz é ouro. (Mas reluz!)

Textos

Nada além das essências.

Imagine o sol a frequentar o “underground” e nessa delinquência assar a matéria,
mudar o processo da fotossíntese, cozinhar o cérebro humano...
Imagine a lua a se prostituir, mudando de forma ao seu bel prazer...imagine, com isso, as marés e os seus cabelos...
Imagine os astros à escolherem as próprias órbitas, como fazem os homens, seria novamente, no firmamento, o Caos...
Imagine se o homem pudesse atender, irrestritamente, o seu ego, os seus cavernosos pensamentos e desejos, imagine...
Imagine a Terra usando o seu eixo para um “pole dance”, certamente que nada de agradável ver-se-ia, somente estragos em cada infeliz performance...
Imagine como eram as terras-sem-leis...
Leis divinas, Leis naturais... os homens delas se afastam , qual um rebelde adolescente, querendo tudo mudar e não perceber que ele mesmo, não raras vezes, deve ser o objeto da mudança.
As Leis, como como a Sagrada Escritura, devem ser de divina inspiração...
Psiquê deve assumir o entendimento do homem e fazê-lo compreender que todo o processo protagonizado pela alma personificada é de dor, desde o choroso rebento, somos dores e curas... 
A utopia deve ser um direcionamento, jamais o caminho...
As programações são pares de linhas paralelas, bem largas, onde pode-se flutuar em escolhas, sejam certas ou erradas, sem ultrapassar, no entanto, o que é delimitado por essas espécies de trilhos tênues e infinitos que são formados pelo fluídico juízo  coletivo e, portanto, também o é divino.
Antes de se achar que o mundo tem que ser como pensamos, olhemos os lírios dos campos... tudo tem uma razão de ser, não sejamos mais reais que o rei.
Imagine agora todos os vieses buscando o bem comum, assim como o vegetal busca a luz do sol, silencioso e agradecido pelo milagre da sobrevivência.
Imagine o sol se achando uma lua, ou vice-versa, tudo bem, direito de escolha, desde que não descumpram as suas finalidades, desde que suas escolhas não signifiquem que a ética-moral humana vá se resumir em um epitáfio, numa gélida lápide qualquer...
Longe de qualquer puritanismo...
Preocupantes são as disfunções... nada mais.

 
(RAS)
Enviado por (RAS) em 30/04/2018
Alterado em 01/05/2018


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