(RAS)

Nem tudo que reluz é ouro. (Mas reluz!)

Textos

Ode ao Sol.

Quando o sol desponta no horizonte,
                Agradecidos os pássaros gorjeiam,
Nas sombras lá de trás dos montes,
                Seus sonhos, os homens, ali semeiam.

                        O sol doura o céu, que se faz ribalta,
              O proscênio taciturno, agora mais bonito,
      A alegria assume cenários e pautas,
O palco se torna um altar para mitos.

O homem é feliz em minúsculas cenas,
        Frutos dos dilemas, que lá atrás viveu,
              Como eterno escravo de tuas melenas,
                     Fadado aos tramas do intrépido Perseu.

              Quando o sol desponta lá no horizonte,
É sinal de vida e muitos renasceres,
                Sua realeza traz em si funções de ponte,
A unir os planos, fatiados por seus seres.

              Quando o sol desponta, tal qual um rebento,
        O coração do homem torna-se esperança.
    De quinta grandeza, luz do firmamento,
Traz à enrugada crosta, a energia de criança.

Quando surge o sol, assanha-se a natureza, 
      Alegram-se as espécies, fazem carnaval,
            Desfila o mundo em corsos de beleza,
                      Num despir momesco, à luz tão natural!

                    Aplausos e vivas, dirigidos ao Rei Sol,
            Num desfile etéreo, com enredo à eternidade,
    Ao ignorar ocasos e a romper arrebol,

É a própria apoteose, a esbanjar felicidade... 

            O que mais dizer dessa imensa estrela,
Onde plasmam tão somente Cristandades?
A não ser, em prosas e versos, bendizê-la
            E exaltar tanto esplendor e Majestade!

(RAS)
Enviado por (RAS) em 07/08/2017
Alterado em 13/12/2023


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