(RAS)

Nem tudo que reluz é ouro. (Mas reluz!)

Textos

Plasmar.

Deixa que eu declame para você os meus versos,
Eles andam tão tristonhos, enfadonhos, dispersos,
Como meus sorrisos, restritos, proscritos, imersos,
No escurão de uma arrasada e melancólica alma.
Prometo não lhe cobrar o já indisponível ingresso,
Apenas rogo e clamo pelo seu eventual regresso,
Pois de desgosto eu tanto fujo, só quero o inverso,
Só desejo o seu sedante afago que tanto me acalma!

Deixa eu deitar tua cabeça em meu colo vazio,
Deixa eu trazer você, para os meus desvarios,
Deixa eu sentir seus encantos, a mexer com meus brios...
Deixa eu aproveitar mais um pouquinho de você,
Eu quero de novo tuas matas, teus vales, teus rios,
As tuas curvas, teus cheiros, teus caminhos e desvios,
Eu quero novamente, em tua geografia, me achar, me perder.

Eu quero novamente rever a minha felicidade,
Eu novamente quero poder matar tanta saudade!
Sonhar, viver, deliciar, respirar o Amor de verdade,
Amor que você, não sei porque, passou a me negar.
Eu quero de novo em seus braços desdenhar a realidade...
Mergulhar num mar infinito só de tranquilidade
E me pegar novamente, em nuvens pisando, feliz a cantar.

E nunca mais de lá descer...
Virar relâmpago ou trovão
E nunca mais em vão
Ousarei me atirar, lá de cima de você.

(RAS)
Enviado por (RAS) em 03/03/2017
Alterado em 24/10/2023


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