(RAS)

Nem tudo que reluz é ouro. (Mas reluz!)

Textos

                                     Algumas coisas sobre ratos...

     Se o nosso amigo frequenta academia, um ratão “bombado”, é muito provável que ele faça da ratoeira um aparelho de levantamento de peso ou fortalecimento das pernas e, não raramente, se encanta em frente ao "huge mirror";
     Se for um assíduo frequentador de igreja e pensa que será coroinha um dia, esse ratinho, provavelmente perdoará as perseguições do gato, o fervoroso templário da paróquia e que o pároco e os fiéis adoram, e o doutrinado ratinho perdoará mais sete vezes, durante as sete vidas desse ardiloso bichano, que não ensina seus pulos pra ninguém e nem como conseguiu as sete vidas...
     Se de porão for, já se adaptou e enxerga muito bem no breu e tem uma aguçada audição, portanto está apto a ser promovido a morcego, caso não lhe furem o olho, os frequentadores das "cortes ratais”, mais conhecidos como “puxa sacos”, “furões de gabinete”;
     Se for frequentador de boteco, podes crer que ele é amicíssimo do morcego-mor, ele acha aquele irmão beato “gente fina e dez demais” e o “sarado da academia" ele dá o maior apoio, mas de olho no queijo isca que o “bombadão”, adepto a uma dieta, retira da ratoeira, para as suas práticas, ou seja, esse “esperto" só quer salvar o tira gosto...
     Agora, se esse nobre amigo for um funcionário, que correu atrás da felicidade, ops! perdão, mil perdões, eu quis dizer “da estabilidade” e a encontrou com goiabada e tudo, ah, ele se achará eternamente no céu...
-E o resto?
-O resto é rato da correria...
     Em tempo: Os funcionários ofendidos hão de perguntar:
- E as ratazanas de Brasília? Não existem?
Então eu devolvo a pergunta:
- Quais das espécies acima fogem dos padrões comportamentais desses asquerosos mamíferos roedores, cujo habitat predileto ergue-se no planalto central?


     Moral da história: - Sobre julgamentos hipócritas: "não adianta dizer que és pouco irresponsável, que roubas pouco queijo, camundongo é pequenino, mas também é rato.
     Conclusão, triste por sinal: com raríssimas excessões, pertencemos a uma sociedade com hábitos e fama das famílias Muridae e uns se adiantam e exclamam:
- Nossa! Quanta nobreza hein!
(RAS)
Enviado por (RAS) em 19/01/2014
Alterado em 28/04/2020
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